Considerando que a violência doméstica é um problema de todos nós, e não é só a identificação e a notificação desta forma de violência que auxiliam na redução desta problemática, outras contribuições podem ser desenvolvidas, principalmente no tocante à prevenção. Cada profissional que atua na área da família ou da infância e adolescência poderá contribuir, de acordo com suas possibilidades.
Prevenção Primária: é aquela que tenta evitar que a violência venha a acontecer. Deve ser dirigida a toda população, através dos programas de atendimento pré-natal, grupos de mães, pais, adolescentes, debates nos meios de comunicação, escolas e igrejas de todos os credos. É preciso levar a informação, orientar como uma criança deve ser cuidada e protegida.
Prevenção Secundária: está voltada para grupos da população que apresentam situações de risco. Nas escolas, por exemplo, os educadores percebem nas crianças indícios de que elas podem estar sendo vítima de algum tipo de violência, tais como: comportamento agitado, agressividade ou apatia. Nas unidades de saúde, pode-se observar doenças típicas daquelas que sofrem negligência, tais como sarna, diarréia e outras. Este tipo de prevenção age de modo a reverter e mudar a atitude agressiva através de informação e orientação. É mais eficaz em pequenos grupos para que o assunto seja bem discutido, debatido e venha provocar mudanças de atitude.
Prevenção Terciária: é aquela voltada para o vitimizado e suas vítimas. Diante da violência consumada, trabalha-se para que não se repita. São casos cuja gravidade exige um tratamento contínuo e prolongado. Trata-se a criança e/ou adolescente vitimizado na tentativa de atenuar-se os danos e sequelas que a violência provoca e para que, no futuro, ela não venha vitimizar seus filhos.
Durante a sua história o CRAMI sempre se manteve envolvido com os três tipos de prevenção, o que provocou a criação e realização de vários projetos, relacionados a seguir.